Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco nasceu em Lisboa a 16 de Março de 1825, na freguesia dos Mártires, num prédio da Rua da Rosa.
Filho de Manuel Joaquim Botelho Castelo Branco e de Jacinta Rosa do Espírito Santo Ferreira.
Com apenas dezasseis anos (1841), Camilo casa com Joaquina Pereira de França e instala-se em Friúme (Ribeira de Pena).
Em 1843 nasce a sua filha Rosa. Nesse mesmo ano, faz a sua estreia literária com o poema herói-cómico Pundonores Desagravados.
Depois da morte da esposa (1847), Joaquina Pereira, muda-se para o Porto e entrega-se a uma vida de boémia, entremeada com escândalos de carácter amoroso, ao mesmo tempo que se dedica mais profissionalmente à actividade jornalística, prestando colaboração ao Jornal do Povo. Rosa, a sua filha legítima, morre e nasce uma outra filha, Bernardina Amélia, fruto da relação com Patrícia Emília.
É por esta altura que conhece Ana Plácida, noiva de Manuel Pinheiro Alves, o que não o impede de se envolver amorosamente com uma freira do Porto, Isabel Cândida Vaz Mourão.
Em 1857, transfere-se para Viana do Castelo, como redactor do jornal A Aurora do Lima. Ana Plácido vai também para lá, a pretexto de apoiar uma irmã doente, e a ligação entre os dois torna-se pública. O escândalo cria-lhe dificuldades com vários jornais em que colaborava. Talvez por isso decide publicar o jornal O Mundo Elegante, em 1858. Ainda nesse ano, sob proposta de Alexandre Herculano, é eleito sócio da Academia Real das Ciências. Por essa altura, Camilo e Ana Plácido passam a viver juntos e deslocam-se de terra em terra para fugir à justiça. Em 1859 nasce o filho Manuel Plácido.
Suicidou-se a 1 de Junho de 1890, na freguesia de Ceide, Vila Nova de Famalicão.